Virna é apresentada ao Rexona-Ades

Depois de quatro anos longe das quadras, a ponteira Virna, que havia deixado de jogar nos ginásios após a Olimpíada de Atenas-2004, assinou contrato com o Rexona-Ades (RJ) e esteve presente no jogo de seu time, que venceu o Pinheiros/Mackenzie (SP) nesta terça-feira, no Rio de Janeiro. Após treinar pela manhã junto com as novas companheiras, Virna explicou como está se sentindo com esse retorno.

- A comissão técnica já havia falado comigo para eu voltar no ano passado. Mas não podia aceitar, já que estava comprometida com o vôlei de praia. Depois, pensei muito e resolvi aceitar. Este é o meu último ano como jogadora e encerrar a carreira assim, em um time vencedor é ótimo - afirma Virna, revelando que seu filho também pediu para que ela voltasse às quadras.

Sobre a forma física, a ponteira se sente bem preparada, mas não irá apressar seu primeiro jogo.

- Estou saltando mais do que há quatro anos. O vôlei de praia me deu mais resistência. Mesmo assim, a minha idéia e a da Comissão Técnica é ir progredindo gradualmente para eu não sofrer nenhuma lesão - explica Virna, que já sonha em voltar ao Maracanãzinho.

Caso o Rexona-Ades conquiste uma das vagas para a final da Superliga Feminina, que será realizada no dia 25 de abril, a ponteira poderá realizar seu sonho.

- Já me emociono só de pensar. Dar meu adeus às quadras ali, onde conquistei um dos títulos mais emocionantes da minha carreira, com o Flamengo, seria incrível. Ainda mais por ser no Rio de Janeiro, minha segunda casa - sonha a jogadora, que vive na cidade desde os 14 anos.

Já pensando no ano seguinte, a jogadora sabe bem o que quer fazer depois que parar com o voleibol: ser mãe novamente e estudar.

- Meu sonho é ser mãe novamente. Acho que a hora será essa. Além disso, quero trabalhar com esporte. Gostaria de ser repórter, comentarista. Tenho experiência com isso, mas quero me especializar - revela a ponteira, que está no primeiro período do curso de jornalismo.

Ao fim da partida contra o Pinheiros, Virna foi até a beira da quadra cumprimentar suas companheiras de time e as adversárias desta terça. Em um bate papo descontraído, ela encontrou sua amiga, a líbero Arlene, e brincou:

- Disse para ela que eu também posso jogar com 37 anos. Ela tem 39 e ainda está aí - conclui Virna, dando risadas.

Fonte: Lancenet