Todo mundo sabe. Campeonato estadual é sinônimo de baixa arrecadação e pouco público nos estádios. Por isso, muitas equipes montam elencos bem mais modestos para o início do ano, mesmo aquelas que tem à frente competições importantes, como Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro da Série B, ou mesmo Série A.
Aqueles que ousam e buscam já formar uma equipe mais qualificada, mantendo a base, sofrem, como é o caso do Ceará. Dono da quinta maior média de público entre os 40 clubes das Séries A e B do Campeonato Brasileiro de 2009, o time do Ceará amarga prejuízos neste começo de temporada.
Com um mês de bola rolando no Estadual, a equipe não conseguiu por nos cofres R$ 100 mil. "O prejuízo para nós é imensurável", afirma o presidente do Ceará, Evandro Leitão, que não esconde a insatisfação com o momento, mas afirma que o problema não é surpresa, já que sem estádio na capital o público fica ainda mais escasso durante os jogos.
"Temos de usar a habilidade. Isto nós estamos fazendo há dois anos. Iremos antecipar cotas da televisão, tentar fazer alguns empréstimos bancários, aumentar a participação e o marketing do nosso programa de sócio torcedor. Quando assumi o clube, já sabia que não teria vida fácil", revela Leitão.
E não está tendo mesmo. Principalmente em relação a problemas causados por administrações anteriores. Além de arrecadar pouco, o clube precisa pagar muito em dívidas trabalhistas.
Nas quatro partidas como mandante neste Campeonato Cearense, a Justiça trabalhista retirou da renda líquida do time alvinegro aproximadamente R$ 35 mil, ou seja quase 40% do que o clube lucrou. No clássico com o Fortaleza (arrecadação total de R$ 326.290,00), o Ceará teria direito a uma renda liquida de R$ 101.100,94. Porém, a Justiça Trabalhista levou R$ 26.805,00.
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
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